GreenPeace

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Faça de mim a sua guitarra’ [Fanfic]

SÚBITOS DESEJOS & UMA BOXER BRANCA PARA SERVIR VOCÊ
Por Kami-chan


http://fanfics.animespirit.net/historia/203511/gazette-subitos-desejos-uma-boxer-branca/






“...Descer beijos estralados e molhados pela lateral de seu corpo o fazia arrepiar e eu, é claro, não vou me esquecer dessa informação adorável. Repetiria o ato se não estivesse tão desesperado por algo a mais que me lembrava através de doloridas fisgadas o quando eu queria ser o centro das atenções de novo. Movi ligeiro meus dedos pelo botão e pelo zíper da calça que diferente da minha eu fiz questão de tirar logo e num movimento preciso, trouxe junto a boxer também.

Ato esse que só foi possível com seu auxílio que ergueu o quadril para a roupa passar. Ao que me arrependi no mesmo instante que vi o tecido branco contrastar com o jeans escuro e imaginar o corpo de pele clara irradiada pela cascata de fios dourados coberto apenas por aquela boxer branca me faz ter ímpetos de fazê-lo vestir aquilo de novo para meu deleite. Fantasias se ascenderam em minha mente, mas todo e qualquer pensamento escapuliu-se da minha mente ao erguer os olhos para o que tinha diante de mim...”
Trecho de ‘Faça de mim a sua guitarra’ que deu origem à fi
c


Olho o relógio, está quase na hora marcada. Olho o espelho pela sei la... enésima vez, a make está perfeita, a roupa está perfeita... eu sou perfeito. Respiro fundo, olho o relógio mais uma vez, o tempo não passa. Um frio agradável toma conta do meu estômago, minhas mãos soam. Esfrego as mãos, suspiro, o tempo não passa. Olho o ambiente ao meu redor, a luz está baixa, o apartamento está impecável. Caminho pelos cômodos para ter certeza de que estava tudo em ordem, olho pro relógio. O tempo não passa, mas resolvo abaixar o volume do som pra ter certeza que vou ouvir o interfone. Olho a imagem no espelho, minhas mãos ainda soam. Suspiro pesado. Será que ele vai gostar? Minhas pernas parecem inquietas, sento no sofá e levanto na mesma hora, pode amassar a minha roupa. Olho a produção no espelho, perfeito. Olho o relógio, será que eu ligo pra saber onde ele está? Não, ainda não deu a hora marcada. Merda de tempo que não passa.

O CD do X acabou, olhei o aparelho, não lembro quais foram os cds que coloquei la. Caminhei uma última vez pelo apartamento para ter mais uma vez certeza de que tudo estava do jeito que planejava.. céus... o que há de errado comigo? Não me lembro de me ver assim tão ansioso.. acho que nem mesmo antes do primeiro grande show ou cada vez que temos que tocar uma música nova em Live pela primeira vez. Levei o copo com sake que estava sobre a mesinha de canto da sala aos meus lábios, eu preciso me acalmar. Impossível. Olho torto pro aparelho de som, impressão minha ou ele também está mais devagar? Olho pro relógio, merda não se passaram nem dois minutos desde a primeira olhada desesperada para aqueles números vermelhos em cima daquela bancada que dividia a sala social da área reservada às refeições. Finalmente ouvi as batidas mais marcantes e rapidinhas do Luna Sea saindo baixo pelos alto-falantes, fechei os olhos satisfeito. Quem sabe a música me acalma.

PUTA QUE PARIU. Ao fechar os olhos uma súbita lembrança que me fez correr até o quarto, na verdade um detalhe. Um detalhe nu e todo gostoso que morava atrás da porta do meu quarto. Fechei a porta do quarto com força e parei com as mãos espalmadas na madeira branca. Admirando meu Deus todo poderoso que me encarava completamente nu com algumas peculiaridades mais íntimas de seu corpo cobertos pela guitarra.. oh que linda guitarra essa sua guitarra Sugizo-sama, embora eu tenha que confessar que preferiria muito mais que estivesse aí com o seu violino hm
.



-- Será que o Yuu vai se importar? Perguntei alto como que se o Sugizo fosse me responder – Eu não posso simplesmente arranca-lo daí, faz parte de mim e de minha personalidade. Ahhh tem tantas coisas sobre aquele moreno que eu ainda não sei... – suspirei, de fato era verdade e convenhamos que talvez, só talvez, um guitarrista famoso que tem um caso com outro guitarrista famoso não fique muito feliz ao encontrar a foto de outro guitarrista famoso nu porta do quarto do outro né.

Pensei inúmeras vezes até chegar à conclusão óbvia de que não daria pra tirar o pôster de la sem rasgá-lo, então... Sugizo NÃO sairia de onde estava. Alternativa, peguei o peso de porta da lavanderia e mantive a porta aberta. E quando Aoi visse aquilo teria que entender que eu conheci o Sigizo primeiro hm..Até mesmo porque não há nada que diga que eu deva explicações embaraçosas ao Aoi, certo? Certo? ... não, eu não sei mais essa resposta. 

Acompanhe o meu raciocínio...

Fazia alguns meses desde que fui até a casa de Aoi com um problema profissional e saí de lá com a descoberta brilhante de uma criatura absurdamente gostosa, quente e absolutamente dentro das minhas preferências sexuais, o ser que correspondia à altura minhas fantasias mais eróticas. Foi uma noite incrível em que passamos em claro nos divertindo com os mais variados jogos sexuais. E aquele vídeo ainda está no meu telefone, adoro assisti-lo com o Yuu por perto em lugares bem públicos onde ele não pode fazer nada a respeito e ainda morre de medo que alguém mais veja.

A forma como tudo começou não me deixou confuso em nenhum momento, eu sabia que tinha caído em sua teia, me deixado levar pela forma insinuante com que a sedução de Yuu me envolvera. Não passara disso naquele dia, por minha parte não dividimos nada além naquelas longas horas de diferentes níveis de brincadeiras eróticas e deliciosas. (pra quem não lembra, o Aoi já sentia alguma coisa)

Nos ensaios, nos shows ou resumidamente em todo lugar onde éramos Aoi e Uruha não passávamos mesmo dos dois personagens guitarristas de uma grande banda internacional, nada mudou. 




Até saíamos sozinhos da gravadora mesmo que fossemos nos encontrar mais tarde no mesmo dia. Éramos duas pessoas solteiras e sem compromissos que descobriram que tinham um gosto em comum para dividir e dentro das paredes do apartamento de Yuu tudo ficava diferente, nós éramos diferentes, éramos nós mesmos e nos encontrávamos para mandar o pudor às favas. Sem ressentimentos, arrependimentos ou qualquer coisa que fosse ditada pela racionalidade. O sexo mais gostoso da minha vida.

Eu não tenho medo nem vergonha de admitir o quanto tudo o que temos me agrada, nunca se quer cogitei a ideia de negar a aproximação tão íntima do moreno, principalmente depois de fazer aquela descoberta do homem tão quente por trás daqueles olhos tão frios e tão tristes. Sim, no começo tudo se resumia a isso sim. 

E foi dele também a iniciativa em me dizer que estava dividindo a atenção íntima de seus dias somente comigo, na verdade acho que depois de algumas... quem sabe duas semanas de encontros ele tinha enfim uma dúvida quanto a isso, também não tenho culpa por ser tão assediado por homens e mulheres. Enfim, disse a ele que comigo estava acontecendo o mesmo. Não menti, afinal só sendo um doente compulsivo por sexo pra ter TUDO aquilo do Yuu e ainda ir querer buscar por mais. Nada além foi dito ou decidido, mas como que em um acordo mudo e comum eu sei que esta exclusividade permaneceu e permanece inabalável.

Nesse dia percebi que não era apenas desejo ou algo primitivo e irracional que me levava a casa dele quase todos os dias, nossos encontros não se resumiam mais em apenas sexo. Eu estava conhecendo Shiroyama Yuu e acho que entrando dentro daquele círculo que ele cuida tão cautelosamente de pessoas próximas a ele e mais, eu estava gostando disso. Se na época nós não estivéssemos completando cerca de um mês... ou um pouco mais naquele relacionamento estranho, naquele tempo eu diria que ia ao apartamento dele para namorarmos. A troca de carinho também passou a se fazer presente naquela sintonia luxuriante que emanávamos em qualquer ambiente. Sendo este mais um detalhe trazido a nós por iniciativa dele.

E pouco a pouco a coisa foi mudando, sempre dando passos inconscientes para o além, sempre levando aquele entrosamento ao futuro. Sem perceber, estávamos mais próximos até mesmo na gravadora, gravações, sessões e todas aquelas coisas desgastantes que fazíamos.. agora tínhamos assunto eu acho e gostava de poder dividir quaisquer palavras que fossem com ele, apenas para saber ainda mais, um detalhe que fosse sobre ele. 
.
A revelação aos nossos colegas de banda veio logo na primeira turnê mais longa depois da primeira vez em que ficamos juntos, com a maior parte do tempo trancados naquele ônibus nós até tentamos esperar sempre chegar a um hotel, mas logo desistimos e passamos a dividir algumas carícias afetuosas diante do GazettE mesmo. Não tínhamos escrúpulos sobre a cama, não tivemos escrúpulos em deixar que todos nos vissem andando por aí abraçados, trocando palavras baixas –informações sigilosas- aos sussurros quase dentro da orelha do outro ou ainda trocando beijos não muito demorados quando sentíamos vontade.
 Ninguém pareceu se importar, menos mal


E foi numa dessas viagens que ele me veio com uma lembrança sobre uma boxer branca.
 Eu confesso que me espantou o fato dele lembrar de um detalhe como “que cueca eu estava usando naquela tãoinesperada primeira transa”, mas depois de absorver a informação achei isso na verdade muito fofo. Fofo até perceber a riqueza de detalhes com que ele descrevia tudo aquilo e quando ele deixava escapar alguns pensamentos que teve naquele momento então... não, não era nada fofo era... quente, quase em um nível de fantasia.

Detalhes da evolução dos nossos dias a parte, eu cheguei onde eu queria. O dia em que em que ele me falou da maldita boxer branca. Isso não saiu mais da minha cabeça, tanto que na mesma noite revirei minha mala umas trocentas vezes a fim de encontrá-la, mas ela não estava la. Passei boa parte da turnê pensando em como presentear o moreno com aquilo que ele demonstrara ter gostado tanto e aqui estou eu, lindamente vestido com uma yukata negra para esconder o que há por baixo e que só deveria ser revelado no momento certo, esperando o mais velho nesse tempo que não passa nunca. Realmente muito ansioso sem saber se irei o agradar ou não e eu não sei de onde vem toda essa insegurança, essa necessidade que sinto de agradá-lo ao máximo em todos os momentos. Eu não sei o que isso tudo significa, sei apenas que nunca senti.

Suspirei fundo mais uma vez na sala, que se foda o relógio, vou ligar pra ver onde ele está. Meus dedos tiveram apenas tempo de fazer um leve carinho sobre o plástico branco do objeto em cima da mesinha quando nosso último single começou a tocar baixinho anunciando que alguém me procurava pelo celular, logo, fui atendê-lo.

-- Yuu... – atendi chamando pelo nome apesar do fato de sido o kangi da malva que me apareceu no visor.

-- Oi.. er.. eu só queria te perguntar como eu faço com o seu porteiro? – ele perguntou enquanto eu caminhava meio cego até a janela, mesmo de longe o vi saindo do utilitário preto estacionado do outro lado da rua. Fiquei ali o admirando.

-- Como faz? Eu nem sabia que ele gostava da coisa. Você faz com ele como quiser desde que chegue aqui em cima com disposição pra me satisfazer. – disse debochado e mesmo de longe pode ver os dentes brancos surgindo entre os lábios fartos.

-- É sério Kou, o que eu tenho que dizer pra poder entrar... no seu prédio – acrescentou já prevendo que eu ia continuar tirando uma com a cara dele. Mas eu entendia as perguntas, entrar naquele condomínio de alto nível era realmente muito difícil.

-- Não esquenta, eu já avisei que estava esperando um convidado. Ainda assim se ele te barrar você volta correndo vestido de bombeiro e diz que to pegando fogo. – ele riu daquele jeito debochado soltando o ar pelo nariz.

-- OK pode deixar comigo... – ele ia desligar

-- Ahh Yuu..

-- Hm..

-- Não esquece de entrar segurando a mangueira – e não disse nada em resposta, apenas desligou.
Larguei o telefone em qualquer lugar ali e fui levar meu copo de sake pra cozinha, aproveitando é claro para voltar para a sala com duas taças de champanhe. Uma última olhada no espelho... mas que inferno, eu estou perfeito e lindo como sempre então porque me sinto na obrigação de ter essa certeza? Além do mais... o cabelo escovado ele vai bagunçar, a maquiagem bem feita vai acabar se misturando com suor e a roupa é uma mera encenação para recebe-lo e que logo seria descartada. Então porque diabo eu precisava daquela certeza de estar lindo para ele? 

Fui tirado daquele devaneio incompreensível pelo som da campainha. Fechei os olhos contando até dez só pra não deixar na cara que eu estava ali do ladinho da porta esperando pra abrir e senti minha mão girar o trinco antes mesmo de eu chegar no seis. Ótimo. Pelo menos consegui o olhar de cima abaixo e voltar a encará-lo com um falso ar de decepção.

-- Droga, ele deixou você subir logo na primeira opção. – disse o fazendo rir em alto e bom som.

-- Não se preocupe, quando você de fato estiver pegando fogo é só chamar e o bombeirão aqui entra pela janela mesmo. – agora quem riu fui eu, a ideia não é nem um pouco ma. Nota mental: ligar pro Aoi de madrugada pedindo socorro pra apagar o fogo.

-- Entra. – convidei pegando uma das taças e entregando a ele. Fechei a porta atrás de mim uma vez que ele passou pelo portal aberto, claro que não pude deixar de reparar a forma absolutamente satisfeita com que ele admirou minha bela imagem. Ahh o fato dele estar absolutamente lindo, gostoso e perfeito era tão obvio e incontestável que eu nem preciso comentar ne.

Acompanhei o sorriso que recebi quando ele aceitou a bebida rosada de minhas mãos. Detalhes a parte, observei cobiçoso a cena que ele sabia muito bem como protagonizar, Yuu sabe fazer com que tudo que toque seus lábios adquira um ar igualmente sensual, fosse um mero copo de vidro, fosse um mísero cigarro. Tudo que era levado por aquele filho da puta até aquela boca tristemente gostosa me atingia. É claro que eu sei que isso era bobamente perceptível em meu olhar, mas sei também que era justamente por isso que ele sempre fazia coisas desse tipo.
Aliás, bobo era uma boa descrição para mim em boa parte do tempo em que me perdia admirando o moreno gostoso. Não sei por que me sinto assim, não sei também porque mesmo sabendo e me descrevendo como bobo, não sinto nem um pouco de vergonha disso, não tenho medo de ser assim perto dele. E isso é outra coisa que eu não consigo entender por quê. 

Ele experimentou o primeiro gole e então sorriu me olhando de forma travessa. Tentei desviar o olhar, mas ele voltou a virar o cálice entre os lábios sorvendo quase todo seu conteúdo e isso mais uma vez prendeu o meu olhar em si. 

Sabe o que é pior do que ser pego de surpresa? É estar completamente e absolutamente preso em cada mínimo movimento alheio e ainda assim se deixar ser pego desprevenido... como eu fui. Na primeira, ou nas primeiras noites em que ficamos juntos eu sempre vencia esses joguinhos com facilidade, o que fez esse moreno pra conseguir me alcançar tão rápido? Eu estou caindo em seu jogo. 

Senti meu pulso sendo puxado daquele jeitinho ‘delicado’ que só Shiroyama sabia ser e tão rápido quanto, senti seus lábios sobre os meus fazendo pressão maior do que precisaria, a fim de forçar meus lábios a não se abrirem em mais que um biquinho. É... ‘aquele’ biquinho, não que eu me orgulhasse muito dele. E por ali jogou todo o líquido refinado que estava em sua boca na minha.

Alguém tem alguma dúvida de que o gosto daquele champanhe ficou exponencialmente mais gostoso? Bobo. Mais uma vez eu me sentia assim e cada vez com mais convicção de que jamais entenderia o motivo por me sentir assim. Pra que pensar em uma resposta para isso se me sentir assim faz esse leve friozinho subir por minha espinha até se alojar em meu estomago e de uma maneira adversa fazendo-me sentir tão bem...

Yuu era uma peça rara e cara e de alguma forma eu sentia que se fosse com ele eu não devia ficar pensando em besteiras alheias. Na verdade não devia mesmo, perder o foco quando se está com Aoi poderia ocasionalmente acarretar em mais uma partida desse jogo em que me verei perdedor. Com esse pensamento sorvi cada gota da bebida que ele me ofertava e por fim lambi seus lábios só para ter certeza de que não deixaria nada para trás.

-- Muito melhor do que qualquer bebida – disse admirando muito mais os lábios carnudos do que o moreno em si.

-- É mesmo? Então eu me sinto no direito de experimentar também. – ahh como aquela voz sabe soar tão atordoantemente calma, tenho ímpetos de mordê-lo até fazê-lo sangrar apenas para ver se seu timbre se altera ou sua voz trepida. Mas diferente disso tudo o que fiz foi me render ao beijo tomado às pressas assim que uma de suas mãos me puxou pelo pulso.

Ele largou sua taça no aparadouro que ficava ao lado da porta de entrada, tomando a minha de minhas mãos logo em seguida, dando a esta o mesmo destino. Em seguida apenas a confusão de pensamentos que foram roubados pelo beijo que era drasticamente aprofundado fazendo com que os momentos fossem deixados de lado para que meu cérebro em declínio atendesse apenas às sensações do toque quente, úmido e macio da língua curiosa e atrevida que percorria por toda extremidade da minha própria. Não que eu achasse ruim me render ao moreno, pelo contrario nossas posições no relacionamento variavam tanto que era quase impossível definir ali que de nós era mais vezes ativo ou passivo. Mas desde quando eu me rendo assim tão rápida e facilmente?

Ahh, mas como não se deixar levar por aquele ato doce? Doce apenas pelo gosto da bebida que ele nos fizera dividir, é claro. Pois não havia nada de muito afável na disputa ferrenha em que nossas línguas se encontravam. Sorvi cada gota que o gosto do seu beijo me oferecia e não tive outra reação senão aprofundar ainda mais aquele contato voluptuoso e torná-lo em um beijo tão profundo que nos vimos na obrigação de torná-lo mais comportado. É, isso mesmo, comportado. Expressando em cada movimento carinhosamente executado algo que eu não sei o que é. Pelo menos não ainda.

-- Ahh – ouvi ele gemer ao mesmo tempo em que senti minhas costas serem jogadas contra a madeira da porta, fazendo a mesma vibrar gerando um alto estrondo e o beijo carinhoso tinha se tornado novamente em algo selvagem e extremamente sedutor. Completamente digno dos seres em suas extremidades, diga-se de passagem. Ou alguém acha que nós não sabemos o quanto somos gostosos?

Oh céus isso não é possível, eu estou perdendo o controle da situação que eu mesmo iniciei. Essa era para ser uma noite para dar ao Yuu as cartas de um novo jogo e não era pra ser esse onde eu acabo me rendendo fácil assim.

-- Não Yuu.. espera aí um pouquinho. Assim você vai estragar o jantar. – Eu não queria, mas soei igual a uma esposa logo na primeira noite depois da lua de mel, quando ela está esperando o amado com um jantar especial. Isso fez ele rir, eu mesmo fiquei com vergonha, mas que se dane... ele ia adorar o meu ‘jantar’ e isso valia as palavras torpes. 


-- Eu mato a minha fome e sua sem sequer chegar perto da cozinha. – e ele avançou contra mim novamente.

Seus lábios tentando descobrir que tipo de carícia faria mais efeito contra a pele sensível do meu pescoço, fazendo meu corpo se arrepiar por completo. Seus ombros prensavam ainda mais meu corpo contra a porta e uma de suas penas foi parar entre as minhas, a coxa roçando em meu membro de maneira audaciosa enquanto o joelho forçava-me a abrir minimamente as pernas, o suficiente para aumentar a fenda frontal do kimono criando um espaço que uma de suas mãos não tardou a descobrir e adentrar.

As pontinhas das unhas levemente crescidas roçando a face interior das minhas coxas estavam me deixando com o corpo amolecido, claro que toda a dureza que o sustentava passava a ficar cada vez mais concentrada em uma região apenas. Esse toque seria o suficiente para atiçar os meus instintos predatórios dominantes. Ele gosta disso, às vezes chego a ter certeza que me provoca da maneira exata de propósito; isso é fato. Mas HOJE eu não vou perder o controle.

Uma de minhas mãos adentrou com facilidade a camiseta do moreno e cravou as unhas com força em seu baixo dorso, na região lombar, arrastando-se com força marcando profundamente a pele tão branquinha. A outra mão praticamente voou para os fios de seu cabelo, enroscando-se nas mechas da nuca. Puxei com força sem me preocupar se isso o machucaria, ele é meu a partir de agora e é bom que fique bem claro. Assim como é bom que ele pense que conseguiu o que queria. Puxei seus cabelos afastando seus lábios de meu pescoço, chupei o lábio inferior com força deixando inchado e consequentemente ainda maior, eu ficava mais duro a cada novo ato, o sentindo estremecer aos meus toques secos. Céus, ele é muito gostoso. 

Ele inconscientemente ameaçava acabar com a brincadeira que eu me esforcei pra planejar, mas eu não ia deixar isso acontecer de forma nenhuma. Forcei meu corpo para frente para me desencostar daquela porta e fazendo com que andássemos para onde eu queria assim que o ceguei com um beijo faminto. E se minhas mãos dominavam seu corpo com destreza, as dele procuravam aflitas algo para explorar, tive que tirá-las de meu corpo por duas vezes antes de chegar próximo o suficiente de uma cadeira onde pude empurrá-lo para evitar que ele abrisse ou violasse o que a yakata escondia.

-- Urg.. – o ouvi gemer de dor ao sentir seu corpo se chocar contra a cadeira, e esse som me soava mansamente melódico. Aproveitei-me de sua desconcentração para manter suas duas mãos bem presas.

-- Não me obrigue a amarrar você Shiroyama – ainda – Chamei-te aqui para um jantar, então fica-te quietinho aqui a me esperar e garanto-te que esta noite lhe será inesquecível. 
Aoi´s POV

Após acender o desejo em mim com seus atos precisos, senti meu corpo ser jogado com força e o beijo ser interrompido para que palavras secas fossem ditas por sua boca de forma ríspida, tão perto de mim que meus olhos chegaram a se forçar a ficar mais abertos, fixos aos movimentos de seus lábios. Minhas mãos presas e seu timbre num misto de advertência e ameaça quase me levam à loucura, mas tive que me conter. Oh delícia. 

Eu sabia que Kouyou dificilmente se segurava, e quando eu lhe provocava a ser mais bruto e possessivo comigo ele simplesmente apenas me atacava. Eu sabia que toda aquela ceninha significava que ele estava aprontando algo, então a mim restava apenas lhe obedecer uma vez que minha curiosidade estava tão estimulada quanto qualquer outra parte do meu corpo.

-- Eu juro que vou ser um bom menino. – mordi o lábio de forma travessa, eu sei que ele gosta. E vi ele me soltar a contra gosto para me deixar ali sozinho e sumir na direção da cozinha.

Se é pra falar vamos ser honestos, eu sabia desde muito cedo que ele vinha planejando algo, apenas não sei o que. Observar e estudar aquele pedaço de perdição já era minha obsessão secreta bem antes de termos algo e depois então, aprendi a compreendê-lo e acompanha-lo apenas com olhares.

Nesta última semana Uruha estava agitado, fugindo dos lugares onde estávamos para responder telefonemas insistentes e mesmo depois de todo um dia agitado não tinha grandes novidades ou assuntos para discutir comigo durante a noite. Com toda certeza divina, ele estava me escondendo algo. 

Mentiria se dissesse que não me abalei nem um pouquinho com isso, ele era muito assediado por pessoas de todas as opções sexuais. Confiava nele, mas ainda assim tinha aquela sensação estranha. Não que ele me devesse alguma explicação, não tínhamos nada além de sexo, certo. ... infelizmente. 
Mas então ele me chamou pra vir aqui em sua casa e muitas dúvidas aumentaram em minha cabeça, ele nunca tinha me chamado pra vir aqui e depois de tantas informações omitidas por ele cheguei a pensar que um jantar pudesse ser uma boa desculpa para noite terminar com um ‘foi bom enquanto durou Yuu’. É sério eu tinha até um textinho pronto para responder um possível fora seu à altura, mas todas as minhas dúvidas foram se dissipando assim que telefonei e ouvi o seu tom divertido, naquele ar promiscuo e ao mesmo tempo debochado que ele costumava usar sempre que inventava uma brincadeirinha sexual nova para nós dois. E finalmente cheguei a sua porta. É, não seria para por um fim no que tínhamos que ele me receberia com aquela yukata impecável, bem como a maquiagem bem feita e os cabelos cuidadosamente ajeitados. 

A comprovação de que tinha sido convidado para sua casa não para terminarmos foi o que me levou a atacá-lo assim que bati meus olhos nele. Tão pecaminosamente lindo e tentadoramente arrumadinho. Preferia muito mais sua linda face suada, mesmo que fosse com a maquiagem borrada, amava ver seus amados cabelos completamente bagunçados e constatar depois que aquela imagem linda fora completamente devastada por ele estar ocupado demais comigo e a roupa... ahh aquela roupa impecavelmente lizinha cuidadosamente ajeitada em seu corpo gritava para ser arrancada, rasgada ou simplesmente jogada o mais longe do meu objeto de desejo. Ele sabia muito bem como quebrar minhas barreiras.

E foi com o pensamento longe que cheguei até aqui, nessa cadeira em que estou sentado e somente agora percebi estar diante da mesa de jantar. Confesso que demorei pra perceber, mas.... alguma coisa simplesmente não se encaixava ali. 

Na ponta da mesa oposta àquela onde eu estava sentado havia um daqueles carrinhos de restaurante e ele estava completamente coberto por um tecido negro, certo, se aquilo é um carrinho de restaurante então o nosso jantar estaria ali, mas a mesa de mármore em si não estava arrumada para isso. Não havia nada, nem toalha, nem prato ou talheres. Copos, só aqueles que eu mesmo havia deixado na entrada do apartamento sobre o aparadouro de vidro, mas nada que indicasse que teríamos um jantar. Pra não dizer que não tinha nada mesmo, sobre o tampo da mesa tinha uma bomboniere de vidro cheio de.... bolinhas??
Estiquei a mão curioso para puxar o vidro e retirar de la uma daquelas bolinhas. Aquilo não me era ao todo desconhecido. Na verdade aquilo não parecia ser de comer, parecia ser aquelas.... 

-- Oh merda! – reclamei antes de ser capaz de concluir meu raciocínio quando a bolinha em minhas mãos basicamente explodiu melecando meus dedos e o tampo da mesa com o fluido viscoso, colorido e muito cheiroso. Sim, eu sabia o que era aquilo, mas....

-- Então das bolinhas eu já vi que você gostou – ahh eu conhecia aquele tom de duplo sentido, ele aprendeu isso comigo. Entretanto, o dom de me deixar rendido, acabado e de queixo caído era exclusivamente dele.

Ergui meus olhos ao escutar sua voz provocante, meu queixo caiu, coração parou, acelerou e dançou, meu corpo se arrepiou e eu esperava profundamente apenas não estar babando na frente dele, porque estupidamente pasmo eu sei que estou. Diante dos meus olhos, quase dois metros de perfeição me olhando com certa expectativa no olhar. 

A maquiagem ainda estava perfeita, o cabelo ainda bem arrumado, mas a yukata tinha sumido e sobre o corpo perfeito apenas uma gravatinha borboleta tipicamente usada por garçons cobria uma fina faixa do seu pescoço e AQUELA peça branca quase transparente que era protagonista dos meus sonhos eróticos mais impossíveis, quando no corpo do loiro claro. Apenas aquela boxer tentadora lhe cobrindo as partes mais íntimas do seu corpo esculpido unicamente para me enlouquecer de tesão. 

Eu não consegui falar nada, eu sei que isso é absurdamente estúpido. Até porque o narcisista na minha frente se empolgava bastante quando eu dizia e repetia que sua anatomia perfeita e gostosa era minha fonte primária de tesão. Mas a visão era demais pra mim, aquelas coxas tão fartas esticavam todo tecido deixando as linhas curvas que seguiam por suas coxas acima mais marcadas. O membro minuciosamente ajeitado parecia estar sufocado e aprisionado quase suplicando para que alguém o libertasse, claro que eu seria o seu heroi. A barra mais larguinha da peça ficava alguns dedos abaixo do umbigo, não marcando em nada seu corpo firme e bem esculpido. E aquela bunda... ahhh eu ainda não tive a oportunidade de vislumbrar suas nádegas redondinhas, mas enlouqueço apenas por imaginar. É.. as palavras podiam me faltar agora, mas eu sei que meu olhar, tão vidrado que provavelmente estaria reluzindo, denunciava o quanto aprovava seus trajes ... talvez, só talvez ele ficasse ainda mais gostoso com uma meia 7/8, mas nesse caso eu o atacaria sem nenhum pudor então... melhor assim.
Ele sorriu, talvez por nervosismo, talvez por apreciar a reação que conseguiu arrancar de mim. Provavelmente a segunda opção. Andou com toda classe até o meu lado e só então percebi que ele carregava uma espécie de pasta negra de couro, debruçou-se entre mim e a mesa abrindo-a.

-- Boa noite Shiroyama-san, eu trouxe o seu 
menu – sua voz soava excessivamente profissional, mas aquele olhar devasso ditava o clima e alguém tem dúvidas de quanto o meu sorriso foi pervo nesse momento? Eu simplesmente adoro esses teatrinhos e abri a carta de menu sem deixar de olhar para ele.

Entretanto todo o ar dos meus pulmões se esvaiu quando passei os olhos pelo o meu... menu?

-- Kou o que exatamente é isso? – ta eu me abalei tanto que acabei esquecendo do teatrinho imposto por ele, mas que é.... bom eu sabia que ele estava aprontando algo, mas não esperava por isso. Bom ainda bem que ele ignorou e manteve o clima de encenação. 

¬-- O seu jantar. – disse calmo – Apenas faça o seu pedido... ahh, o 
cheff disse que a sua consumação é livre. – duplo sentido de novo... transformei o meu loiro tesudo possessivo compulsivo em um monstro. 

Não pude deixar de sorrir, pervo. A malícia de toda aquela cena.. bom agora talvez eu tenha realmente entendido o sentido das bolinhas na bomboniere. E cada vez mais certeza de que aquele garoto fora moldado completamente para mim e para minhas fantasias. Voltei a olhar o objeto de couro que ele me entregou, folheando-o. Minha imaginação dando luppings.





CoNTiNua...

Muahaha que menu é esse??? Observem o garçom e então vocês vão ter uma boa ideia /apanha
Espero que tenham gostado
É só mais o próximo capítulo e pans, chapie dois vai ser apenas lemon

Pra vcs não me matarem por parar a fic mais uma vez num momento crucial, fiquem aí com a dita imagem do Sugi-kun... era essa dae que estava na porta do Uruha

http://img51.imageshack.us/img51/9783/sugizo3.jpg

Eu realmente ficaria muito grata com reviews...
Dessa vez eu betei a fic .. ou tentei... viu estou evoluindo ^.~

2 comentários:

  1. O legal na fanfic, alem da putaria (6) [parey], é o jeito q a autora conseguiu expressar os pensamentos[...] e os sentimentos [........] dos personagens ! *-* Ela soube fazer isso mto bm !!!!

    A fanfic é bem estruturada e por isso eu gostei tanto.

    O trecho: "Faça d mim a sua guitarra !"
    MANO, MTO FODA !!!!!!! *--------------*

    Adorei' sz

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